Terminei ontem de ler o livro de Celdo Athayde e MV Bill, Falcão - Mulheres e o Tráfico, e fiquei com a minha dúvida ainda maior. Quem será que tem culpa pelo tráfico, o Governo ou as pessoas que não procuram um emprego? Será mesmo que o Governo não dá oportunidade de trabalho para todos? E se não dá, será mesmo o crime a única maneira de sobrevivência?
Pois bem, lendo os depoimentos de mães e adolescentes que de alguma maneira de envolve com o tráfico essa dúvida ficou mais aguçada. O livro é realmente muito bom, mostra histórias que nos deixam comovidos e nos fazem pensar de quem é realmente a culpa por toda essa violência.
Há mães que sofrem com a perdas dos filhos, os falcões das favelas, que são aqueles que vigiam a comunidade e informam quando a polícia ou um grupo inimigo se aproxima. Em muitos relatos as mães contam como sofreram em ver os filhos nessa vida, depois de toda a luta que tiveram para criá-los, mas infelizmente eles escolheram um caminho do qual a única certeza seria a morte. Essas são as mulheres que se envolvem com o tráfico de forma indireta, pois através de seus filhos vivenciam esse drama. Outras mulheres que se envolvem indiretamente são as tias do lanche. São mulheres que trabalham na favela de madrugada vendendo lanche para os falcões que estão vigiando as favelas. Mulheres que enfrentam o perigo de cada beco, de cada tiroteio, para tirar o sustento de sua casa.
Existem também as mulheres que são donas do morro. Pois é, fiquei chocada quando li essa parte, mas é sério, mulheres que comandam uma favela inteira, e posso dizer que pelo relato a administração e muito melhor do que a de muito homem. São mulheres que assumem o posto do marido assassinado, que dão continuidade aos "negócios da família". Nessa hora que me vem a pergunta, será mesmo que não existia outro meio para sobreviver?
O livro também mostra entrevista com adolescentes que se prostituem para sustentar o vício, ou de simplesmente garotas se tornam um "falcão". Essas meninas me chamaram muito a atenção, pois são praticamente crianças. Muitas com uma infância sofrida, que sofreram estupros de pais ou padrastos e que preferiram cair no mundo do que ficar em casa e escolher um outro caminho. Algumas por não ter a tão sonhada oportunidade de ter um emprego digno e levar o dinheiro para casa. Será mesmo esse o único jeito de não morrer de fome? De não ver a mãe passando necessidade? De realmente ajudar em casa?
Há garotas que contam a corrupção da polícia, que recebem propina de traficantes para não invadir o "morro". Isso não é novidade para ninguém, e é uma vergonha sabermos que a segurança do nosso país depende de gente como essa, políciais que se envolvem com o crime para sustentar uma boa vida. E uma delas até diz o seguinte: "Se a polícia está com a gente, será mesmo que estamos errados?"
Está ai uma frase para todos pensarem.
Pois bem, lendo os depoimentos de mães e adolescentes que de alguma maneira de envolve com o tráfico essa dúvida ficou mais aguçada. O livro é realmente muito bom, mostra histórias que nos deixam comovidos e nos fazem pensar de quem é realmente a culpa por toda essa violência.
Há mães que sofrem com a perdas dos filhos, os falcões das favelas, que são aqueles que vigiam a comunidade e informam quando a polícia ou um grupo inimigo se aproxima. Em muitos relatos as mães contam como sofreram em ver os filhos nessa vida, depois de toda a luta que tiveram para criá-los, mas infelizmente eles escolheram um caminho do qual a única certeza seria a morte. Essas são as mulheres que se envolvem com o tráfico de forma indireta, pois através de seus filhos vivenciam esse drama. Outras mulheres que se envolvem indiretamente são as tias do lanche. São mulheres que trabalham na favela de madrugada vendendo lanche para os falcões que estão vigiando as favelas. Mulheres que enfrentam o perigo de cada beco, de cada tiroteio, para tirar o sustento de sua casa.
Existem também as mulheres que são donas do morro. Pois é, fiquei chocada quando li essa parte, mas é sério, mulheres que comandam uma favela inteira, e posso dizer que pelo relato a administração e muito melhor do que a de muito homem. São mulheres que assumem o posto do marido assassinado, que dão continuidade aos "negócios da família". Nessa hora que me vem a pergunta, será mesmo que não existia outro meio para sobreviver?
O livro também mostra entrevista com adolescentes que se prostituem para sustentar o vício, ou de simplesmente garotas se tornam um "falcão". Essas meninas me chamaram muito a atenção, pois são praticamente crianças. Muitas com uma infância sofrida, que sofreram estupros de pais ou padrastos e que preferiram cair no mundo do que ficar em casa e escolher um outro caminho. Algumas por não ter a tão sonhada oportunidade de ter um emprego digno e levar o dinheiro para casa. Será mesmo esse o único jeito de não morrer de fome? De não ver a mãe passando necessidade? De realmente ajudar em casa?
Há garotas que contam a corrupção da polícia, que recebem propina de traficantes para não invadir o "morro". Isso não é novidade para ninguém, e é uma vergonha sabermos que a segurança do nosso país depende de gente como essa, políciais que se envolvem com o crime para sustentar uma boa vida. E uma delas até diz o seguinte: "Se a polícia está com a gente, será mesmo que estamos errados?"
Está ai uma frase para todos pensarem.
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